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sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Meio termo?

Sabe, andei pensando em uma coisa essa semana: nos meus pais. Nos seus jeitos e manias, seus gostos e até o passado que eles se permitiram me contar. E, cheguei à conclusão de que eu não me pareço com eles. Não que eu seja filha do padeiro, é claro, eu tenho algumas coisas semelhantes, mas não sou "a cara da mamãe" ou do papai.

Por exemplo, a minha mãe. Ela é meio que a rebelde da família dela. A caçula e a mais safada. Ela namorava muito (mas muito mesmo), mais do que eu, ou qualquer outra pessoa que eu já tenha conhecido. Confesso que até queria ser um pouco mais, ahn, desiniba (?) como ela, mas é um tanto quanto impossível pra mim, porque eu sofro de um mal incurável: timidez.

Fiquei sabendo essa semana que ela pulava os muros da escola onde ela estudava e ficava matando aula com os amigos e/ou namorados. Porque ela diz ser amigos, mas eu não acredito nela não. Eu fiquei chocada quando ela contou que pulava o muro. Não, eu não sou uma CDF super santa, que nunca matou aula na vida. Já dei minhas escapadas pelo portão de cima, ou as minhas corridas pelo portão do estacionamento, mas nunca cheguei ao cúmulo de pular o muro! E confesso que estou com certa inveja de quem já fez isso. E com uma vontade imensa de voltar ao João Ramalho só para fazê-lo.

Do outro lado, temos o meu pai. Um homem trabalhador, nervoso (isso eu puxei) e carinhoso. Só que ele é muito parado. Não sai muito, não gosta de gente demais, nem de muito barulho, ou seja, não vai em shows. O único que eu sei que ele foi, aconteceu no Estância, e era do Bruno e Marrone. E ele detestou. Ele é do tipo que prefere ver a banda sentado numa mesa, balançando os pés. E alguém me diz qual a graça nisso?

Outra coisa que eu não entendo é a minha paixão por leitura. Nenhum dos dois compartilha isso comigo. Meu pai lê um livro a cada década, e ele tem que ser específico na área em que ele trabalha. Minha mãe demorou quase seis meses para ler O Código da Vinci, que nem é um livro tão extenso assim. Agora eu pergunto: de onde eu tirei isso? Acho que foi culpa da minha mãe, que lia à noite quando grávida de mim (eu a deixava com insônia).

Mas, por outro lado, eu tenho várias coisas parecidas com eles. Sou um pouco louca como a minha mãe e adoro um show, não sou santa, já fiz coisa errada na vida, e gosto de andar também. Atravesso a Marechal inteira a pé, e volto pra casa, sem me queixar, até gosto na verdade. E também sou preguiçosa como meu pai, gosto de ficar em casa às vezes, assistir filme embaixo da coberta, ou simplesmente dormir até tarde. Os gostos pra comida também são parecidos.

No final de tudo, acho que eu sou um meio termo pra esses dois. De tão diferentes, eles precisavam de um eixo pra balancear tudo, ou eles ficariam loucos e brigariam muito. Papai sabe que eu tenho tendências a concordar com a mamãe, mas só Deus sabe o que seriam deles sem mim ali no meio.

Posted by Thata @ 23:20

1 Comentários

Blogger Davi Coelho said...

Menina Thata,
todo mundo diz que eu tenho a boca do papai e o cabelo da mamãe e num-sei-o-que-mais.
Eu juro que não concordo com nada.
Mas quer se queira ou não, eles estão carimbados em nós em coisinhas simples como o tom da voz, por exemplo.
Aliás, se tem muito mais dos pais do que se imagina. A vida vai mostrando...

Bjão pra tu!

27 de outubro de 2007 às 20:03  

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