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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Melancia, de Marian Keyes

Esse não é o tipo de livro que eu costumo ler. Histórias românticas, mesmo que comédias românticas, não são exatamente o tipo que me atrai quando eu entro numa livraria. Gosto muito mais do oculto, do sobrenatural, do mistério e da fantasia. Gosto bem mais de me deparar com fadas e vampiros do que com humanos normais.

Só que Melancia capturou minha atenção pela primeira vez pelo título e pela capa. Quem é que não ficaria curioso se ouvisse alguém dizer: “Estou lendo Melancia”. Lendo Melancia? Como assim? Será que inventaram mais uma técnica de adivinhação bizarra? Passamos de pedras entalhadas e borras de café para polpa de frutas?

Mas não é nada disso. Melancia é um livro que conta a história de uma mulher que é abandonada pelo marido assim que dá a luz à filha do casal. Olhando um resumo parco desse, você pensa: “Ah, lá vem esses romances de mulherzinha. Que chato!”. Foi o que eu pensei durante um tempo. Assim que soube do que se tratava, o joguei no fundo da minha mente, não lhe dando nem a chance de tentar convencer-me.

Até que comecei a ouvir as opiniões por aí. Pessoas me falavam que o livro era ótimo, que não tinha dado um tostão a ele até começarem efetivamente a ler. Eram tantas críticas boas, que acabei me rendendo e comprando-o.

Logo no Prólogo, que surpresa! A autora era espirituosa. Seus comentários eram cheios de sarcasmo e metáforas divertidas de se ler. Saí sorrindo do shopping, os olhos grudados nas páginas do livro. E foi uma viagem excelente de tomar parte.

No começo, Claire (esse é o nome da esposa abandonada) se enfia numa depressão profunda, se acaba em álcool e autocomiseração – a parte mais difícil de ler, devo ser franca. A autopiedade acabava com a minha paciência em alguns momentos, que era resgatada por mais trechos sarcásticos e flashbacks engraçados.

O livro vai ficando interessante a partir do momento em que ela conhece Adam (boas páginas para frente) e flui de forma a prender nossa atenção. Eu li o livro praticamente inteiro na madrugada de ontem, e acredito que alguns vizinhos devam ter percebido pelas gargalhadas altas que soltava com alguns trechos.

Eu não vou contar o que acontece, pra não estragar o livro, mas a volta do defunto me fez ter muita raiva. Raiva dele, por ser um boçal sem tamanho, claro, mas mais raiva dela, por se deixar convencer e permitir que ele acabasse com o pouco de autoestima que ainda lhe restava. Fiquei pensando se realmente existiriam mulheres que caem nessa conversa e se um dia eu me comportaria como uma.

Mas, enfim, divagações à parte, Melancia é um livro de mulherzinha, mas um livro de mulherzinha engraçado, divertido e que lhe faz questionar várias coisas sobre relacionamentos, sobre anular a si mesma para fazer um namoro/casamento dar certo, sobre os sacrifícios que você deve ou não fazer em prol de seus filhos e até sobre aborto. Marian tem mãos de fada ao abordar todos eles e não faz pesar nenhum dilema a ponto de tornar a leitura uma coisa pedante.

Então, se você está precisando de uma pausa nas leituras pesadas e dramáticas, e quer alguma coisa leve e que lhe faça rir, Melancia é uma boa pedida.

Posted by Thata @ 01:08
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sábado, 5 de junho de 2010

Estou de volta

Escrever é um vício maldito, que não sai de dentro de nós nem sob reza brava ou exorcismo. Não adianta ficar meses sem postar, não adianta esconder os cadernos no fundo do guarda-roupa, não adianta fingir que as ideias que lhe invadem não estão lá, e definitivamente não adianta olhar para o outro lado enquanto as palavras dançam à sua frente.

Não que nesses dois anos eu tenha realmente parado de escrever. Longe disso, na verdade, a quantidade (e qualidade também, por que não?) só aumentou. Tenho tantos documentos do Word salvos em pendrive quanto é possível.

A diferença é que cansei de guardá-los pra mim. Não adianta nada ter vários textos guardados, várias dicas de livros, filmes, música ou seriados juntando poeira por eu não compartilhar com ninguém. Portanto, vou voltar a postar.

Talvez não com frequência invejável, ou com relevância nas coisas que eu digo. Mas pelo menos agora eu tenho maturidade para saber que escrever é um prazer, não um castigo.

Posted by Thata @ 20:34
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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Parabéns para mim

Por ficar um ano mais velha, mais chata, mais irônica, mais mal-humorada, mais exigente, mais idiota, mais ansiosa, mais elétrica, menos paciente, menos tolerante, menos prestativa, menos ingênua, e menos inteligente.

E que venha muitos outros menos e mais. Amém.

Posted by Thata @ 23:27
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Time to Change

E o mundo hoje está em festa. Depois de longos meses de campanha e discursos calorosos a favor de mudanças, Barack Obama finalmente foi eleito presidente dos Estados Unidos. O mundo comemora a esperança de um futuro melhor.

Um futuro em que raça, cor, religião, ou opção sexual não sejam um empecilho para a qualidade de vida. Um futuro em que os países sejam mais companheiros, e que não disputem as diferenças através de armas de fogo. É tempo de perdoar, de reconciliar. França, Iraque, Colômbia, e vários outros que tinham certa rivalidade com os Estados Unidos conservador de Bush, fazem promessas de pelo menos tentar viver em paz.

Obama agora tem diversos problemas na mão para resolver: a começar pela crise mundial, que soa quase como um teste à capacidade do primeiro presidente negro do país. País que torce para que as promessas de Obama a respeito dos imigrantes, do casamento gay e do direito ao aborto sejam cumpridas.

Obama trouxe com sua vitória esmagadora o vislumbre de um mundo melhor e mais justo, acalentou sonhos de classes oprimidas por séculos, e reavivou a esperança em corações espalhados nos quatro cantos do planeta.

Agora, é esperar para ver por quanto tempo essa alegria vai durar.


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E, mais uma vez, o Thiago fez uma bela surpresa, me presenteando com mais um selo. Desta vez, o selo é o "And The Oscar Goes To...". Obrigada, Thiago! ;*



Este selo foi criado para premiar os melhores blogs de 2008. Temos que indicar dez blogs para o selo, e aqui vão os dez melhores, na minha humilde opinião:

- Blog do Aventureiro
- Elsa Villon
- Excessivo
- Frenesi
- Guerras Secretas
- Mundo Restrito
- O demônio do meio-dia
- Saco de Filó
- Substantivolátil
- Suellen Pereira

Posted by Thata @ 15:42
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sábado, 18 de outubro de 2008

O verdadeiro Rei

Marcos Rey, outrora conhecido como Edmundo Donato, foi escritor, tradutor e cineasta. Era descendente de italianos e seu pai, Luis Donato, fez com que os filhos pegassem gosto pela ficção, graças ao trabalho que mantinha na Editora Monteiro Lobato.

Marcos adaptou obras de Mark Twain e Joaquim Manuel de Macedo para telenovelas, e foi um dos autores do roteiro de Vila Sésamo, além de participar do roteiro de Sítio do Pica-Pau Amarelo. Ainda traduzia livros em inglês com seu irmão, Mário Donato, e escreveu várias obras-primas, usando São Paulo como pano de fundo.

Conheci Marcos Rey bem cedo, quando a minha viagem ao mundo dos livros começou. Meus primeiros passos foram os livros da série Vagalume, série que Marcos Rey enriqueceu com seus romances. Quem não conhece, nem que só tenha ouvido falar, O Mistério dos Cinco Estrelas? O livro conta o desenrolar de uma investigação de assassinato no Emperor Park Hotel, liderada por Léo, o mensageiro do hotel, e conta com a ajuda de seus dois amigos Gino e Ângela.

Eles aparecem também em outras histórias, como O Rapto do Garoto de Ouro, outro sucesso bem conhecido, que narra o sequestro de um cantor muito amigo do trio, cujo livro está guardado dentro de meu guarda-roupa, e a quem eu pego ainda algumas vezes para reler. Léo, Gino e Ângela também aparecem em Um Cadáver Ouve Rádio e Um Rosto no Computador.

Além desses, Marcos Rey escreveu Sozinha no Mundo, Dinheiro no Céu, Enigma na Televisão, Corrida Infernal, Quem Manda já Morreu, Bem-vindos ao Rio, Garra de Campeão, Na Rota do Perigo, Doze Horas de Terror, todos ainda na série Vagalume, o que me fazia voltar religiosamente na biblioteca da escola toda semana.

Agora, depois de crescida, fui à biblioteca municipal, aqui em São Bernardo, e acabei trombando com dois livros dele, dessa vez para adultos: Malditos Paulistas e Soy Loco Por Ti, América!

O primeiro, recém-devorado, conta a história de Raul, um cara que não tem vínculos com nada e com ninguém, com exceção dele mesmo e dos prazeres da vida. Por pura sorte, arruma um trabalho na casa de um ricaço da cidade. A partir daí, nosso anti-herói passa por maus bocados, indo até parar na cadeia! E o final surpreende, e te faz gostar mais ainda de Raul, o safado motorista-cafajeste-vigarista.

O segundo, ainda não terminado, é uma reunião de algumas crônicas que ele escreveu. Eu sei que nem preciso ler o livro inteiro pra dizer que é ótimo: a primeira crônica já valeu o livro todo. A Enguia conta o trajeto de um cuidadoso falsificador de dinheiro. Você se pega, no meio da história, torcendo para que o personagem não seja descoberto, e acaba vidrado pela excelente narração de Marcos.

Ele morreu em 1999, infelizmente, mas deixou para trás vários tesouros paulistanos, recheados com humor ácido. Deliciosas descrições das boates e botecos da cidade, os enredos da vida de pessoas que podiam muito bem conviver com você, serem seus conhecidos.

Pra quem gosta de ler, Marcos Rey é parada obrigatória. Além de ver São Paulo sob um prisma diferente, mas com um quê de familiaridade, você se diverte, dá boas risadas e instiga a imaginação além do horizonte. Corra até a livraria mais próxima e delicie-se. Prometo que não vai se decepcionar.

Posted by Thata @ 15:51
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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Quem sou eu?

Sempre me deparo com essa pergunta pra onde quer que eu olhe, principalmente no que diz respeito à Internet. Se formos o que gostamos, comemos e sentimos, então eu sou...

...A rainha do Egito. Sou dragão branco da sorte. Sou detetive belga. Sou menino de óculos e cicatriz na testa fazendo mágica. Sou velhinha fazendo crochê enquanto resolve mistérios. Sou um pastor alemão brincalhão. Sou leão, feiticeira e guarda-roupa. Sou sacerdotisa de Avalon.

Sou um excêntrico e assustador fabricante de doces. Sou menino que nunca envelhece. Sou arqueóloga desenterrando múmia. Sou barbeiro sanguinário. Sou anjo que cai na Terra em busca de amor. Sou pirata que busca a vida eterna. Sou o estopim da Guerra de Tróia. Sou elfo arqueiro competindo com anão pra ver quem mata mais inimigos. Sou gato gordo e preguiçoso. Sou preguiça pré-histórica sobrevivendo às mais diversas situações. Sou panda que luta kung-fu.

Sou escritora famosa, fascinada por Prada. Sou detetive forense em Miami, Nova York e Las Vegas. Sou a delegada-chefe Brenda Leigh Johnson. Sou eu quem investiga as mortes do pessoal da Marinha. Sou eu quem prende assassinos seriais traçando perfis psicológicos. Sou médicos e enfermeiras tentando salvar vidas. Sou departamento que soluciona casos em aberto. Sou uma Gilmore. Sou Winchester, mais do que nunca.

Sou Lucy e seu céu com diamantes. Sou lunático, que se dane! – sou eu que to pirando. Sou eu a quem rosas, acompanhas de bilhetes, deixam nervosa. Sou brinquedo torto. Sou quem acredita que deve se viver um dia de cada vez. Sou convidada dos deuses para dançar no meio-fio. Sou eu que me sinto tão bem quando são nove da tarde. Sou eu quem está quebrando hábitos esta noite.

Sou vermelho. Sou repicado. Sou máscara de mamão. Sou creme de pentear de damasco. Sou Seda. Sou creme hidratante de morango com champanhe. Sou perfume de lavanda e camomila. Sou lápis preto. Sou máscara de cílios. Sou brilho sabor kiwi. Sou rosa cor-de-boca.

Sou jeans e blusinha. Sou saias e shorts. Sou vestidos coloridos. Sou bolsas, cachecóis, cintos. Sou lingerie. Sou brincos grandes e brilhantes. E sou sapatos, de salto alto.

Sou macarrão ao molho sugo. Sou frango cozido, frito, refogado. Sou strogonoff. Sou Yakissoba. Sou batata frita, casquinha mista do Mc Donald’s, molho shoyu; e os três juntos. Sou pipoca doce. Sou chocolate. Sou caipirinha de morango. Sou vinho. Sou Cuba Libre. Sou chá quente à noite. Sou cafeína: líquida, sólida e injetável.

Sou Mercedão com motorista. Sou entregas pela Internet. Sou livro antigo com capa dura e páginas amareladas. Sou MP3, mas ainda assim sou CD, com encarte e tudo. Sou DVD com sorvete de flocos. Sou parque público. Sou show de rock. Sou papel e caneta. Sou marca-texto verde.

Sou verão. Sou praia. Sou cerveja e peixe frito em quiosque no calçadão. Sou picolé de limão na areia. Sou duas bolas de sorvete de menta com calda de chocolate e confetti, em mesas de plástico brancas. Sou feira de artesanato, sou tatuagem de henna.

Sou fotografias em papel. Sou bichos de pelúcia. Sou chaveiros. Sou violão, guitarra e teclado. Sou cortina. Sou edredom. Sou pantufa. Sou mural de estrelas. Sou madeira escura.

Sou teimosa. Exigente. Perfeccionista. Chata. Mal-humorada. Irritante. Nojenta. Manhosa. Medrosa. Relaxada. Desanimada. Baixo-astral. Carente. Nervosa. Explosiva. Ignorante. Burra. Feia. Imbecil. Rancorosa. Vingativa.

Sou alegre. Paciente. Corajosa. Determinada. Romântica. Carinhosa. Inteligente. Bonita. Positiva. Modesta. Estudiosa. Divertida. Bem-humorada. Carismática. Sociável. Energia pura. Auto-suficiente. Sexy. Calma. Pacífica. Adorável.

Sou anjo e demônio. Deusa e mortal. Herói e vilão. Dia e noite. Chuva e sol. Frio e calor. Doce e salgado. Azedo e amargo. Tudo e nada. Sou opostos, e eles se atraem.

Sou tudo isso e mais um pouco. Se você escolher conviver com uma de nós, terá de conviver com todas. Se não agüentar uma delas, então é melhor não ficar com nenhuma.

Posted by Thata @ 19:54
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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ler, ler, ler!

Minha amiga Day ontem perguntou se eu me sentia burra quando deixava de ler por um tempo. A resposta pra isso é um sonoro "Claro".

Não é como se você esquecesse tudo o que já aprendeu em toda a sua vida, mas seu cérebro parece funcionar de forma mais lenta, e isso é tão irritante quanto uma corrida de tartarugas.

Quando fico muito tempo sem ler, a escrita não sai como eu gostaria, às vezes nem mesmo sai. A simples tarefa de responder um exercício é frustrante, porque as palavras certas escorrem pelos dedos em direção ao chão, e não consigo pegá-las de volta.

Fora a imaginação que vai ficando cada vez mais empoeirada, e precisa de muito esforço pra voltar a brilhar e dançar pelos espaços da minha cabeça.

Por isso eu vivo carregando livros por onde eu vá. Leio no ônibus, no quarto de madrugada, andando no meio da rua, enquanto espero o ônibus, entre uma explicação e outra da professora... em qualquer dia, em qualquer horário, e em qualquer situação.

Livros nos fazem viajar, mexem com nossos neurônios e sentidos, nos fazem sentir mais leves e despreocupados, jogam uma descarga de adrenalina em nosso sistema, e uma centelha de magia em nossa vida.

"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde." (André Maurois)

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Falando em livros... dica pra quem gosta de livros policiais!

Titia Nora Roberts (estou ficando viciada nos livros dela), sob o pseudônimo de J. D. Robb, escreveu uma série muito da bonita, a Série Mortal, abordando assassinatos. Uma jovem tenente, Eve Dallas, órfã e com um passado doloroso, investiga os mais horrendos assassinatos com a ajuda de um dos suspeitos, um milionário chamado Roarke. E como não podia deixar de ser, tudo isso com uma pitada de humor e romance.

Então... corre pra livraria ou biblioteca mais próxima. Se não quiser sair de casa (até porque ta um frio do caramba), é só ir aqui.

Posted by Thata @ 14:16
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Local: São Bernardo, São Paulo, Brazil

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