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sábado, 28 de junho de 2008

"Eu não tenho tempo"

Quem nunca ouviu essa máxima da desculpa esfarrapada? Acho que qualquer ser humano um dia já utilizou dessa pra escapar de um compromisso que não parecia grande coisa, ou de uma situação embaraçosa. A escola é um ótimo exemplo. Tinha um livro pra ler, mas não teve saco pra isso? Joga a culpa no tempo. "Professora, como a senhora quer que eu leia um livro de 150 páginas em duas semanas?! Eu durmo a maior parte da tarde, e à noite eu fico na internet com meus amigos! Não tenho tempo!"

Eu já vi isso várias vezes, principalmente quando era algum trabalho que tinham esquecido de fazer. E a resposta era sempre a mesma: "O que você faz da meia-noite às seis da manhã?". O coitado ainda caía: "Eu durmo". E a professora sempre dava um sorriso sacana e lançava mão do: "Então não durma. Faça o trabalho". Ai de quem choramingasse que precisava dormir, recebia um sermão de meia hora sobre se esforçar, planejar e programar, e nhe nhe nhe.

Mas até aí tudo bem, não é? Normal. Eu mesma já devo ter dado essa desculpa algumas vezes. Mas o que me irrita profundamente é quando usam essa desculpa pra coisas básicas do cotidiano. Coisas que nem são trabalhosas, nem demoram tanto, nem que fazemos por obrigação, e sim por prazer.

Já ouvi gente dizendo que não tinha tempo pra ler. Ou escrever. Ou pra ver aquele filme que saiu em DVD mês retrasado. Ou quando precisavam ligar pra alguém, e não faziam. São tantas as situações em que isso se encaixa... e o pior é que as pessoas acreditam. Com esse ritmo louco, essa correria em que vivemos, falar que não tem tempo de fazer a barba é aceitável.

Cara, como assim?! Não é aceitável! Enquanto você estava no sofá, assistindo o Domingão do Faustão, você podia ter aproveitado melhor esse tempo inútil e lido um livro. Ou aquela tarde que você passou inteira na frente do PC, reclamando que não tinha ninguém interessante on-line no MSN, e que ninguém lhe mandava um recado no Orkut, você podia ter ido na locadora mais perto de casa e alugado o último fime do Stallone! E aquela aula que você teve, que a professora deixou vocês livres pra fazer o que quisessem enquanto ela corrigia as provas, você podia ter escrito alguma coisa, ao invés de dormir.

Mas não. As prioridades são diferentes. É melhor passar aquele tempo afogado em puro ócio, sem aproveitar nada, do que fazer alguma coisa que te dê prazer e acrescente alguma coisa em sua vida. Concordo que fazer nada às vezes é ótimo, e é uma delicinha não ter preocupações, mas tornar isso uma filosofia de vida, (e pior) uma desculpa eterna, é absurdo!

Posted by Thata @ 13:25
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domingo, 15 de junho de 2008

Você: a pessoa mais importante do mundo!

Lembrete nº1: Nunca planejar nada com mais de dois dias de antecedência.
Lembrete nº2: Às vezes um desvio acaba tornando seu programa mais perfeito do que no plano original.

São coisas que a gente aprende na prática mesmo. Segunda-feira fui no cinema assistir Sex and the City. Sozinha. E, sinceramente, não sei o que foi mais divertido: o filme em si, ou o fato de só ter mulheres no cinema (seja com a melhor amiga, sozinhas ou na companhia dos filhos, que provavelmente estavam ali na esperança de ver uma coisa mais picante do que os filmes que a idade deles permitem), ou ainda se foi o fato de estar sozinha.

Sobre o filme, nem tenho muito o que dizer. Foi o final que eu esperava pra série. Para todas as garotas, inclusive a Samantha. E, apesar de alguns críticos falarem que o filme não inovou, que fez a mesma formulinha e usou certos clichês, eu adorei. Pode ser pela parte fã no meu sangue, mas eu não me decepcionei nenhum pouco. Saí de lá até mais leve pelas tantas risadas que dei, e com a cabeça a mil. O filme é bom galera, pode ir o cinema. Tão bom que eu até voltei na quinta-feira com a minha prima pra assistir de novo.

Mas, voltando ao assunto que eu quero discutir... esse negócio de passar um tempo sozinho. Eu gostei. Desde pequenos, temos essa coisa na nossa cabeça de que só podemos nos divertir acompanhados. De uma galera, ou uma pessoa, não importa. Nós sozinhos = tédio sem fim. Quem foi que implantou isso na nossa cabeça? Quanta bobagem!

Hoje em dia, fazemos de tudo pra nos isolarmos do mundo. É íncrível! Pular uma cadeira no cinema ou no banco da escola, sentando em uma mesa gigante vazia, só pra não dividir mesa com ninguém na biblioteca, inventando desculpas pra não sair, e etc... e quando ficamos sozinhos, quase queremos nos matar, porque o tédio toma conta, e quem tira ele dali? E qual a solução? Ligar o MSN, pra ter contato virtual com uma pessoa. ¬¬

MSN é útil, uma mão na roda, mas vamos combinar: trocar a experiência de falar ao vivo com uma pessoa, pra ficar digitando embaixo das cobertas é tosco. Por mais cômodo que seja, é tosco demais. Em vez de ligar o PC e ficar encarando a tela, sem ter nada pra fazer, porque não dar um jeito de se conectar consigo mesmo?

Cara, qual foi a última vez que você fez alguma coisa por si mesmo? Quando foi que você pegou uma sessão de cinema à tarde, depois do trabalho/escola, comprou um saco de pipoca e uma Coca-cola gigantes, e ficou ali curtindo o filme sozinho? Quando foi que você se arrumou todo pra ficar em casa mesmo, só pelo prazer de se olhar no espelho e dizer: "Nossa, como estou bonito! Eu me pegava, hein?"?

Em vez de ficar se policiando com medo de parecer idiota, tire um dia pra ficar com você mesmo. Pra se redescobrir. Você vai adorar, prometo. Um pouco de egoísmo não faz mal à ninguém. Por exemplo: compre uma barra de chocolate e coma sozinho. Falar sozinho parece coisa de gente louca, mas não é! É um ótimo jeito de ordenar os pensamentos e dar uma acalmada nos nervos. Alguém te irritou profundamente no trabalho? Solte os cachorros pras paredes! Finja que a pessoa está na sua frente, e descarregue!

Faça um jantar para a sua pessoa! Quem merece mais do que você mesmo? Ou não faça nada, se jogue no sofá, pegue uma coberta bem quentinha, coloque um filme bem legal, e se empanturre com pipoca de microondas e guaraná.

São pequenas coisas que fazem a diferença, e te deixam mais leve e mais perto de si mesmo. Agora, me dê licença que eu vou contar uma história para minha criança interior, já estou devendo isso a ela faz tempo.

Posted by Thata @ 18:19
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