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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Atrasadinho, mas ta aqui

Aviso aos navegantes: esse é um texto extremamente pessoal. Foi escrito para o amigo mais importante da minha vida, e se você não tem estômago/paciência/interesse em ler isso, é melhor voltar outro dia, ou ler o texto que vem depois.

Eu sou a favor de conhecer muitas pessoas. Não é preciso ser amiga de todas, apenas conhecer, porque é assim você acaba descobrindo os tesouros mais preciosos. Foi assim que eu conheci a Thá; foi assim que eu conheci o Fill.

O colega de faculdade do menino do meu prédio - foi o seu primeiro título. Era um sortudo qualquer da sala do Guilherme. Um sortudo filho-da-mãe, que pôde ir no show do LP. O menino era esquisito: falava coisas estranhas, tinha gostos estranhos, amigos estranhos, e uma personalidade pra lá de estranha. Afinal, o que se passa na cabeça de uma pessoa que se voluntaria a ser marido de quem acaba de conhecer?

E pensar que tudo começou com uma simples brincadeira, hein? Eu te chamava de marido, e você me chamava de marida. Duas palavras que substituiam os apelidos. Pra que chamar de Fill e de Thata, não?

A partir daí a amizade só foi evoluindo. A gente passava horas conversando pelo msn, falando besteira, discutindo, brincando, zuando com os outros. Falávamos sério também, sobre coisas que nos incomodavam, sobre os problemas que nós tínhamos, conselhos rolandos soltos, mesmo que de nada adiantassem.

2007 foi o ano de crescer, não? Tanto no espírito, quanto a nossa amizade. Foi um ano terrível pra mim, com a perda da faculdade, a doença da minha mãe, e os eixos fora de lugar. Só Deus sabe o quanto eu precisei dos meus amigos. E você sempre esteve por perto, em todos os momentos, tentando me animar, me fazendo rir, engolindo minhas chatisses, minhas crises existenciais, e as minhas reclamações infinitas.

Você me disse que tudo ia dar certo e eu acreditei. Me apoiou, e tentou fazer o possível (e o impossível) pra não me deixar cair. Tentou abrir meus olhos, e um certo momento conseguiu. Peço desculpas pela chata que eu fui.

2007 não foi um ano tão bom pra você também, não é? Eu sei que às vezes eu sou egoísta, e não percebo e acabo não ajudando. Eu peço desculpas também por todas as vezes que eu já te magoei, fui ausente, ou não fui uma boa amiga. Eu sei que eu não sou perfeita, mas eu tô me esforçando pra melhorar. ^^

Sabe o que eu nunca entendi? Como podia você, um garoto que não convivia comigo pessoalmente, já que a maior parte da nossa amizade é via internet, podia me conhecer tão bem a ponto de saber do meu estado de espírito só pelo jeito que eu escrevia? Chegava a ser mágico, de tão estranho.

Você é um cara que eu sei que posso contar sempre, pra tudo e qualquer coisa. Você atravessou o Estado, veio do fim do mundo, só pra tomar suco de gengibre comigo e com as outras duas loucas que me cercam. Passou um puta frio, escutou músicas sem vergonhas, só porque eu pedi. O quanto você não deve ter me odiado aquele dia?

Quando minha mãe foi tirar o maldito caroço de dentro dela, e eu tava sentada naquela sala branca, rodeada por pessoas tão ou mais sérias e preocupadas do que eu, e tendo de servir de suporte pro meu pai, eu só pensava em como eu queria que você me ligasse e me fizesse rir de qualquer coisa, só pra dor e pro desespero parecerem menores.

Você não pode nem imaginar o aperto que eu senti quando você disse que tinha problema no coração, e que talvez fosse precisar de cirurgia. Eu quase não dormi aquela noite de preocupação. Já pensou perder meu anjo da guarda? O cara que esteve ali por mim nos momentos bons e ruins?

Por falar em bons momentos, como não lembrar do fim de semana perfeito em sua companhia? Em pleno aniversário eu fui em um show mais do que foda, seguido por um dia de medo e de gritos no Playcenter. Você foi, cantou, pulou, me beliscou, animou, zuou, fez tudo para que fosse perfeito, mesmo você não estando 100%.

E você e os meninos na praia? Você esteve no meu primeiro porre. Você cuidou de mim, me comprou uma Coca (que não me deixa esquecer nunca), não me deixou fazer besteira, nem tentou se aproveitar, nem nada. Cada coisa que eu devo ter falado, chego a ficar vermelha só de imaginar.

O que eu mais gosto nessa amizade são as coisas em comum. Praticamente os mesmos gostos musicais, os mesmo vícios, as mesmas bandas. Você conhece os meus amores. Você compartilha o gosto por desenhos, por chocolate, por bolos, por morango, por Harry Potter, por vermelho. Você me entende, e quando não, faz um esforço tremendo pra tentar entender.

Você adora me irritar, e me acordar. É um prazer pra você me ver nervosa. Outra coisa em comum, já que eu também adoro irritar o meu gatinho! Não esqueço a sua cara quando eu toquei no assunto na sua festa.

É, e a sua festa! Digna de um post inteiro só pra ela. Eu acho que eu nunca dancei tanto, quanto naquele dia. Lugar abafado, escuro, pequeno, lotado, perfeito. Não queria estar em nenhum outro lugar do mundo. Nem as pirâmides do Egito teriam sido mais fascinantes. Passar a maior parte da noite com você, observando a sua cara de louco, vendo você tomar aqueles drinks com seu irmão, brigando com a Thá pela vodca, zuando o Adriano e a Jaque, ou o seu primo e a Thá, ou o Mancha e os outros moleques lá fora, foi impagável! Daria um braço pra viver aquela noite de novo. E olha que eu nem achei que fosse aproveitar tanto.

Mas o que esperar da festa de um cara tão divertido quanto você? O cara que mostra os cachorros pela cam pra mim sempre que eu peço, ou quando eu tô desanimada. O cara que me deu um ursinho super parecido com o Fred, na esperança que eu parasse de encher pra dar ele pra mim (Nunca, baby). O cara que fala que eu sou gorda num minuto, e no seguinte que eu sou gostosa pra não ter a cabeça cortada fora.

O cara mais divertido, inteligente, legal, falante, responsável, bêbado (ou trêbado, como preferir), louco, insano, demente, viciado, gostoso, bundudo, feliz, criança e tonto que eu conheço.
Você é tão especial, que até os defeitos acabam virando qualidades. E quando algumas pessoas fazem você se sentir inferior, um tantinho que seja, eu tenho vontade de arrancar os órgãos dessas pessoas na unha. Sabe os fatality's do Mortal Kombat? Que inveja do Scorpion nessas horas.

Não sei o que mais eu posso escrever pra tentar demonstrar o quanto você significa pra mim. Acho que eu já esgotei meus "dons de escrita". Aliás, só você mesmo para achar que eu sou uma ótima escritora, e que eu tenho dom pra qualquer outra coisa que não reclamar.

Acho que esse pequeno texto cala todas aquelas questões, não? Aquelas frases que você adora repetir várias e várias vezes: "Você não me ama", ou "Você me odeia", e derivadas. Porque Fill, apesar de você ter me dado um golpe de judô quando eu estava bêbada, me cutucado a barriga em todos os dias em que me viu, e ter me deixado roxa a ponto de eu ter que mentir pros meus pais de como eu consegui tudo aquilo, eu te amo. Por tudo o que você já disse e fez.

Quero que você saiba que eu estou aqui pra você. Sempre que precisar de uma amiga pra desabafar, para contar seus "causos", pra reclamar, para o que for, não hesite em me procurar. Tudo o que estiver ao meu alcance, eu faço. Até porque eu sei que você faria o mesmo por mim. E mesmo que não fizesse, tudo o que a gente já passou é motivo suficiente pra eu ser leal a você por outras cinquenta vidas.

Desculpa pelo atraso no seu post de aniversário. Acho que antes tarde do que nunca. Agora todo mundo já sabe o quanto eu te amo, gatinho! ;)


Fill - O Essencial

Posted by Thata @ 17:04
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Por que as pessoas viajam?

É incrível como se pode ficar atrapalhada pra responder uma pergunta tão simples, quando
ela é feita por um professor. Estou fazendo um curso de hotelaria à noite, e essa foi uma das
perguntas que a minha professora de FTH fez.

Na hora, todas as respostas foram embora, e ficaram só as bestas. No ônibus, o texto vai se
formando na minha cabeça, como num tiroteio.

Pela família. Você mora em outra cidade e alguns dos seus parentes vai casar, uma irmã,
uma prima, uma tia. Você pega o ônibus ou avião mais rápido pra lá passar um fim de
semana. Pode ser para um funeral. Ou pode ser simplesmente uma visita aos seus pais, que
faz tempo que não vê.

Por trabalho. A franquia da empresa onde você trabalha está com problemas, e você é
convocado (lê-se também intimado) a viajar alguns milhões de quilômetros de carro até a
cidade, para tentar resolver o que eles não conseguiram sozinhos.

Com a escola. As famosas viagens de formatura. Não interessa o destino, coloque quarenta
alunos num ônibus, despache pra qualquer lugar do país, e os filhos da mãe voltam com
histórias mirabolantes pra contar pros amigos que não foram, e ficaram em casa chupando
o dedo.

Em fuga. Não só os bandidões que fazem alguma coisa errada onde moram, e se enfiam num
avião pra fugir da justiça, mas também as pessoas estressadas, cansadas da rotina,
cansadas dos mesmos rostos e lugares, e que viajam só pra ficar longe da própria vida.

Ou desespero, como eu., que estou fazendo qualquer negócio pra ficar longe das minhas aulas de
espanhol.

Posted by Thata @ 12:28
3 Comentários

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

2008 começa

O carnaval agora acabou, e o mundo vai começar a girar novamente. E eu vou tentar postar com mais frequência, eu prometo.

Só passei pra escrever esse texto sem-vergonha pra reverenciar a Vai-vai pela virada espetacular, e pra deixar meu amor pela Beija-flor registrada em algum cantinho desse lugar.

Foi um lindo desfile, com direito à lágrima nos olhos com tanta beleza, e uma apuração muito emocionante, de descabelar a pessoa que aqui escreve.
(Sim, eu amo carnaval. E sim, eu sou fanática pela Beija-flor)

Aos invejosos de plantão: Beija-flor não precisa comprar ninguém; a perfeição dela fala por si mesma.



"O meu valor me faz brilhar / Iluminar o meu estado de amor
Comunidade impõe respeito / Bate no peito, eu sou Beija-flor!"

Posted by Thata @ 22:01
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Nome:
Local: São Bernardo, São Paulo, Brazil

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